sinto-me silencioso
ligeiramente vazio de palavras.
como quem de tanto tempo sem comer, perde a fome.
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Sinto o tempo passar... tão rápido! queima as histórias que não conseguem ser vividas...
e como se fosse uma pessoa que caindo, agarra-se a uma corda que corre pelas mãos, e queima até que as palmas sangrem...
agarro-me ao tempo como fosse tal corda, e sinto queimar a vida... que sangra.
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Sinto que os sentidos não bastam
Não sinto o cheiro da luz
Nem vejo a cor da música
Sinto que os sentimentos não bastam
pois apesar de tanto sentir...
ainda sinto o vazio.
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Sinto vontade de ir embora!
ir tão longe
mas tão longe
que talvez até
encontre o caminho de casa...
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sinto escorrer pela testa
acumular nas sobrancelhas
rolar pelo nariz
e pingar
sob o sol de primavera
suor.
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3 comentários:
e viva o não-hermetismo do impressionismo literário! \o/
(sem palavras)
apesar de não parecer, estou sempre por aqui...
beijo
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